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Diário Economico

Expresso

sábado, 2 de abril de 2011

Revista Vírgula

Criada por alunos do ensino secundário, aqui está um projecto interessante

http://issuu.com/revistavirgula/docs/virgulamarco/5

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

2 anos e meio depois...

Curiosamente, quando fiz o último post neste blog estávamos a começar a ver a ponta do véu para um conjunto de acontecimentos que alterou para sempre o sistema financeiro mundial. A facilidade com que se concedeu crédito em particular nos Estados Unidos (onde os famosos empréstimos Ninja faziam com que o Rato Mickey pudesse ser um fiador credível) mas um pouco por todo o mundo levou a que se assumia que o preço das casa iria continuar a subir de forma sistemática. Já tínhamos visto este cenário no Japão (do qual ainda não recuperou) ou se recuarmos mais para trás no mercado accionista dos anos 20, antes da Grande Depressão ou na Holanda do século XVII com a Bolha das Tulipas.
Em 2008 o paradigma da banca mundial alterou. Com a falência do banco de investimento Lehman Brothers toda a industria se transformou, deixando de existir o conceito de banca de investimento puro. Em 2009 os mercados acalmaram, com as taxas de juro a baixarem e a permitirem o melhor ano de sempre para o mercado obrigacionista.
Em 2010, quando os mercados pareciam prontos para iniciar a recuperação, a crise de dívida soberana atinge a Europa, com os países periféricos a ficarei debaixo de escrutínio: primeiro a Grécia, depois a Irlanda, agora Portugal e Espanha.
Resultado, passados 2 anos e meio do início da crise estamos a pagar a factura de anos de endividamento a preços baixos, fruto da entrada na União Monetária Europeia, mas sem os mecanismos para relançar a economia (desvalorização monetária). Estamos numa encruzilhada onde a descida dos salários são apenas o começo de medidas que se tiverem como objectivo resolver o problema não serão fáceis. Mas o pouco capital político que o Governo actual goza leva a que seja impossível tomar as medidas que são necessárias...