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Diário Economico

Expresso

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Flexisegurança ou o fim da competitividade Nacional

Muito se tem falado nos últimos tempos sobre flexisegurança. Para os sindicatos não passa de um demónio que permitirá aos patrões despedir indiscriminadamente os seus trabalhadores, a troco de mais uns tostões no subsídio de desemprego.
Mas a flexisegurança é mais que isso. Baseia-se na flexibilidade a contratar, despedir e ajustar e segurança durante o desemprego. Aqui não se baseia apenas no aumento do subsídio mas principalmente na qualificação e na rapidez com que se encontra o novo emprego.
A manutenção do “status quo” dos direitos adquiridos, que é a principal bandeira dos sindicatos, está a levar a que o nosso país seja apontado como um dos piores a nível da rigidez do mercado de trabalho e as consequências directas desta classificação é a perda de competitividade e o desemprego, motivado pelo desinvestimento estrangeiro. Não podemos chorar sempre que uma determinada fábrica decide fechar as portas, levando ao desemprego de centenas de trabalhadores. Se pensarmos que um mercado de trabalho mais flexível poderia ter levado a que, apenas despedindo poucas dezenas de trabalhadores, se tivessem salvo os restantes postos de trabalho, a flexibilidade surgiria como um factor empregador e não causa de desemprego. Outro aspecto a favor da flexisegurança é a aposta na formação, uma vez que já não existem empregos para a vida e só um desempregado formado poderá mudar de emprego facilmente.
O subsídio de desemprego atribuído de forma indiscriminada só faz com que a procura activa de emprego baixe, existindo toda uma economia paralela que trabalha de forma clandestina, recebendo ainda o subsídio. Este tem de ser fiscalizado e ser atribuído apenas numa fase transitória que não deverá se prolongar como acontece actualmente.
O que está em causa não é a perda de direitos dos trabalhadores. É a evolução para um mercado de trabalho mais eficiente e adaptado à realidade dos nossos dias.

1 comentário:

Anónimo disse...

De acordo! Penso que a flexisegurança é um caminho melhor do que o actual. No entanto, quem está a trabalhar continua a ser coagido "at gunpoint" a entrar nesta espécie de seguro de protecção no desemprego. Creio que a protecção no desemprego deveria ser opcional, podendo qualquer contribuinte abdicar dela, em troca de uma redução no custo mensal da Seg. Social.