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Expresso

sábado, 23 de junho de 2007

OPA ao Benfica, onde o desporto e os negócios se cruzam

Joe Berardo lançou a semana passada uma OPA ao Benfica SAD. Como qualquer empresa cotada, a sociedade que gere o Benfica tem de estar sujeita a este tipo de acções por parte do mercado. Contudo, por ser uma instituição de serviço público não pode ser tomada de assalto de qualquer maneira. Estas questões de futebol são muito difíceis de analisar por se ter sempre uma visão apaixonada que não nos permite avaliar os factos de forma racional.
Mas o que pretende Joe Berardo desta OPA? Apesar de dizer que lançou esta OPA com o coração, o racional continua a ser o mesmo que todas as outras posições na sua carteira: fazer lucro. A marca Benfica está sob aproveitada, é o clube com mais sócios no mundo, mas tudo isso parece não fazer levar o clube a lado nenhum. Contudo este Abramovich português pode ser um passo importante para que o Benfica se possa afirmar em Portugal e na Europa. E os primeiros sinais estão a chegar com a disponibilidade de Joe Berardo financiar contratações. Mas será suficiente? O Chelsea apesar do bom plantel e da pouca falta de dinheiro já passou uma época sem qualquer resultado de relevo. O que nos faz pensar se clubes de futebol se podem comparar com empresas.
A melhor associação feita entre o desporto e o mundo empresarial é o livro Moneyball, de Michael Lewis, que nos mostra como uma equipa de baseball sem muitos recursos conseguem resultados extraordinários, sendo olhada de lado pelo principais comentadores e pelas restantes equipas. O grande obstáculo tem sido que, apesar de fazer sempre épocas regulares formidáveis, quando chegava aos playoffs nunca conseguia vingar pois faltava sempre uma pontinha de sorte. E é aqui que o desporto de distingue do mundo empresarial. O factor sorte é muito superior no desporto, apesar de também existir nos negócios.

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